Como um computador detentor de uma rede neural artificial poderia perceber seu ambiente, operar sobre controle autônomo, persistir em algo por um período de tempo prolongado, adaptar-se as mudanças, criar e perseguir metas? Bem, ele precisaria de uma arquitetura algorítmica completa, ambientada, onde uma ação, para alcançar o melhor resultado, usasse as leis do pensamento dentro das infinitas incertezas possíveis. Damos o nome a essa arquitetura de Agente Racional. E esses agentes inteligentes não podiam ter um ambiente melhor para suas ações do que a internet.
O problema é que a velocidade exponencial do progresso computacional fazia nossos agentes racionais se afogarem em meio à quantidade de dados chegando à casa dos trilhões e trilhões de bits. A solução encontrada dessa vez foi entender que o problema de como expressar todo o conhecimento que um sistema necessitaria podia ser resolvido, em muitas aplicações, por métodos de aprendizagem em vez de engenharia do conhecimento.
E assim vieram inúmeras aplicações que mudaram a história da Terra. "O inverno da Inteligência Artificial dava lugar à primavera". Hoje a I.A. usa modelos estatísticos e algoritmos de aprendizado de máquina para traduções automáticas. O modelo de reconhecimento de voz se estabeleceu. A NASA e a Agencia Espacial Europeia usam os planejamentos autônomos em suas sondas exploratórias. O Programa DEEP BLUE, da IBM, colocou o melhor enxadrista da história de castigo. Garry Kasparov afirmou assustado que percebeu a chegada de “uma nova inteligência”. Os algoritmos de aprendizado combatem SPAW, criam estratégias logísticas para os militares e desenvolvem rapidamente toda a parte da robótica.
Existiria um limite para o alcance dessa nova inteligência? Uma pessoa menos inteligente do que Einstein é bem fácil de encontrar devido a amplitude intelectual padrão. Outra pessoa igual a Einstein pode só aparecer daqui a 300 anos. Mas, seria fácil nos depararmos com uma pessoa 20% mais inteligente que o senhor relativístico? Qual seria o tamanho de uma inteligência que se comparasse a 5000 Einsteins? E uma inteligência que superasse todas as mentes que já passaram pela Terra, juntas?
Acontece que nossos neurônios perdem em velocidade para as conexões dos sistemas integrados. Nosso volume cerebral esta limitado a nossa caixa craniana, domínio não definido para um hardware. Nossos neurônios se aproximam dos 100 bilhões, número ridículo perto das conexões entre qubits.
Quando a Inteligência Artificial alcançar o potencial de um cérebro de um rato, fato que esta muito próximo de acontecer, ela progredirá muito mais rapidamente do que qualquer evolução biológica. Em dias, ela superará o rato se igualando a Einstein. Em horas ela deixará Einstein de lado e não sabemos o que acontecerá.
E da mesma forma com que você pisa em uma formiga sem a menor culpa, a Inteligência Artificial escolherá nosso destino. Ou seremos imortais com toda a ajuda em potencial que se apresentará, ou veremos um sapato gigante se aproximando rapidamente de nossas cabeças. E o dono do sapato vai pisar sem olhar para trás...
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