sábado, 15 de outubro de 2016

05. Inteligência Artificial – O Micromundo dos Blocos




Cada vez mais os interessados em Inteligência Artificial se convenciam que o futuro dessa nova inteligência transcendia a lógica proposicional. Era necessário um processo interativo constante com a nossa realidade. No entanto a nossa realidade era demasiadamente complicada para o inicio de um algoritmo com exploradores cognitivos. A saída foi resolvida com o aparecimento de uma realidade paralela cibernética: o micromundo.




Assim, com essa nova abordagem, surgia o programa SAINT, de James Slagle (1963) resolvendo cálculos diferenciais, o ANALOGY de Tom Evans (1968), encontrando soluções geométricas comparáveis com as elaboradas questões nos testes de QI. Por fim aparecia o intimidador programa STUDENT de Daniel Bobrow (1967), resolvendo problemas algébricos como esse:




“Se o número de clientes que você consegue é igual ao dobro do quadrado de 20% do número de anúncios que ele publica e se o número de anúncios publicados é 45, qual é o número de clientes que você consegue?”




Os micromundos paralelos cresciam. E o mais famoso deles foi o micromundo de blocos, um conjunto de blocos sólidos colocados sobre uma mesa virtual com a seguinte tarefa: através de uma mão robótica, que só podia erguer um bloco por vez, o programa deveria encontrar um bloco mais alto do que estava em sua mão biônica e guardá-lo em certa caixa fictícia.




O resultado dessa abordagem promissora trazia um novo algoritmo de aprendizagem livre para ajustar os pesos de entrada, desde que houvesse uma correspondência com a realidade percebida. Era hora da chegada do PERCEPTRON e seu teorema da convergência. Frank Rosenblatt e seus perceptrons redirecionariam a estratégia do desenvolvimento das redes neurais.




Você achou aquele problema sobre os clientes e os anúncios fácil ou difícil? Você se incomoda com o fato de um computador fazer contas de uma forma muito mais competente do que você? Espere para se incomodar de verdade quando a sensibilidade, a cognição e a percepção de um computador, dotado de um sistema de redes neurais artificiais, fizerem as suas emoções parecerem as de uma estatua fingindo que existe!



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