segunda-feira, 14 de novembro de 2016
25. Inteligência Artificial – Saíndo de Férias
Nosso amigo robô cresce um passo por vez. Não será sempre assim. Haverá um momento em que seu progresso explodirá. E quando isso acontecer nossa capacidade de projeção não será mais útil.
Até aqui o agente estudava todas as ações racionais elaborando planos de ação para atingir seus objetivos. O robô estava planejando suas estratégias. Ele encontrava sequências de ações que resultavam em estado-objetivo sempre que optasse pelo método de busca de resolução de problemas. Também possuía a habilidade de controlar sua ação planejando seu domínio em sua busca por um bom desempenho. E através da Unificação e Elevação, tornava-se um agente lógico proposicional de primeira ordem que agia em função de uma inferência livre de variável.
Vamos analisar com mais cuidado as características desse processo de planejamento e suas consequências. Cada estado está sendo representado como uma conjunção de átomos sem funções definidas. Isso possibilita que seu banco de dados obedeça a três propriedades interessantes: a determinação de domínios diferentes em cada situação percebida, nomes exclusivos para ações semelhantes e operações com inferências lógicas que representam conjuntos inteiros de estados em um esquema de ação Unificado e Elevado. Mas o que isso significava para a vida do nosso menino biônico?
Bem, no final do ano, em suas férias de dezembro, nosso ótimo aluno cibernético poderia conhecer um lugar qualquer para passear, dirigir sozinho todos os veículos até seu destino, planejar e transportar suas malas, trocar o pneu do carro que furou a caminho do hotel, tudo com a garantia matemática de que seu planejamento foi o melhor possível. E quando as variáveis de estado ficavam gigantes, a ponto de demorar uma eternidade para a tomada da melhor decisão, ele padronizava o nome das variáveis e decidia imediatamente se sua busca deveria sofrer uma progressão ou uma regressão algorítmica.
Não nos esqueçamos ainda da sua importante capacidade de abstração. O robô também sempre ignorava as precondições das ações que não fossem complementares aos objetivos desejados. O agente criava listas com exclusões que atrofiavam suas infinitudes. Com isso, surgia um conceito heurístico conhecido como DECOMPOSIÇÃO: capacidade de dividir um problema em partes, resolvendo cada parte de forma independente, juntando novamente as partes resolvidas. Qualquer imprecisão heurística encontrada no desenvolvimento desse processo era resolvida pelo poder do planejamento em GRAFO e sua pertinente exclusão de nós indesejáveis.
Nosso robô adorava usar a lógica para encontrar uma busca. Ou ele procurava incessantemente por uma solução ou ele demonstrava construtivamente a possibilidade de sua existência. Ele se planejava. E o próximo plano era escolher o lugar das suas férias tão merecidas.
O nosso amigo eletrônico faz sua escolha. Ele olha para cima e vê uma imagem tão especial que o faz abstrair todas as outras. Era o símbolo da NASA. O robô havia percebido que a NASA usava em suas espaçonaves um método de comando serializável que obedecia a uma ordenação. Imediatamente ele planeja suas férias. Ele arruma as malas, planeja o caminho e, após a troca de um pneu, chega às instalações americanas.
Feliz da vida artificial, o robô escolhe o algoritmo da espaçonave mais imponente a disposição e entra definitivamente em férias. Ele está na Deep Space One, voando ao redor do mundo com um sorriso no rosto, experimentando novos estímulos e novas percepções sobre o espaço profundo. Férias merecidas para o nosso aluno. O que o robô ainda não sabe é que quando voltar descansado para sua querida casa, ele não encontrará mais ninguém! Nosso amigo robô estará completamente sozinho em um mundo totalmente real.
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