domingo, 9 de outubro de 2016
02. Inteligência Artificial – A primeira Lei do Pensamento
Como um ser humano pensa? Quais são os componentes fundamentais do pensamento?
Se pretendemos dizer que um dado programa pensa como um ser humano, devemos criar uma estratégia de modelagem cognitiva onde a captação instantânea de cada pensamento interaja com as observações de uma pessoa em ação e suas áreas ativas no cérebro.
Se os comportamentos de entrada-saída e a sincronização do programa coincidirem com os comportamentos humanos correspondentes, teremos a evidência de que alguns dos mecanismos dos programas também podem estar operando em seres humanos.
Precisamos, então, de um pensamento ideal que forneça padrões de estrutura de argumentos que sempre resultem em conclusões corretas quando receberem premissas corretas. Aristóteles chamava esse pensamento ideal de “pensamento correto”. Um pensamento deveria satisfazer essa lei. A primeira lei da Inteligência Artificial: a lógica.
Os lógicos do século XIX desenvolveram uma notação precisa para declarações sobre os tipos de coisas no mundo e suas interações. Por volta de 1965, existiam programas computacionais que, em princípio, podiam resolver qualquer programa descrito em notação lógica, desde que ele contivesse uma solução. Junto a esse primeiro passo vieram dois obstáculos principais. Não era tão simples enunciar um conhecimento informal nos termos da notação lógica, principalmente quando esse conhecimento não possuísse 100% de certeza. Existia também uma enorme diferença entre a capacidade de resolução de um problema em principio e sua resolução na prática. Até mesmo problemas com algumas centenas de fatos já podiam esgotar os recursos de qualquer computador, a menos que ele recebesse alguma orientação sobre quais etapas do raciocínio mereceriam prioridade.
É como se a Inteligência Artificial nascesse, se estruturasse como estratégia cognitiva, colocasse um uniforme qualquer e fosse aprender na escola como e para quê funciona a lógica. O problema é que, no que se refere à lógica e sua aplicabilidade, não sei se o ser humano pode ser credenciado como um bom professor...
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