sábado, 12 de novembro de 2016

23. Inteligência Artificial – Superando Seu Mestre




Vimos à base de conhecimento em lógica de primeira ordem escolher vocabulários e identificar axiomas que suportaram as inferências desejadas, tudo dentro de um domínio coerente com uma realidade constantemente criada para o nosso amigo robô. O compromisso ontológico refletido nas relações entre os objetos absorve outros elementos importantes da linguagem que ainda não foram bem explicados.




A especificação de um domínio é o passo inicial. Agora devemos acrescentar símbolos e interpretações representados pela sintaxe da linguagem percebida. São os símbolos de predicados. E a partir desses símbolos podemos enunciar fatos com termos entre parênteses conhecidos como sentenças atômicas. Se essas sentenças tornarem-se mais complexas pelo uso de conectivos lógicos, teremos as sentenças complexas. Uma vez que temos uma lógica que relaciona objetos com esse grau de definição, podemos avançar na direção das propriedades encontradas quando expressamos, não somente um objeto, mas coleções inteiras dessas relações. São os quantificadores. E a lógica de primeira ordem contém dois: o universal e o existencial. A quantificação universal faz declarações sobre todo o objeto, enquanto a quantificação existencial traz em seu algoritmo a capacidade de declarar a qualidade de algum objeto sem nomeá-lo.




Em posse dos conectivos lógicos, sintaxe e semântica das linguagens, lógicas de primeira ordem, sentenças atômicas e complexas e quantificadores universais e existenciais, é hora de entendermos os processos de engenharia de conhecimento. Um engenheiro de conhecimento investiga em um domínio especifico quais conceitos são mais importantes para a criação de uma representação formal dos objetos e suas relações. Os projetos de engenharia de conhecimento variam bastante em estrutura, conteúdo e dificuldade. Vamos classificá-lo por etapas:

1- Identificando a tarefa.
2- Agregando o conhecimento relevante.
3- Definindo um vocabulário de predicados.
4- Codificando o conhecimento geral sobre o domínio.
5- Codificando uma descrição do nível atual do problema.
6- Formulando consultas ao procedimento de inferência e obtendo respostas.
7- Reestruturando a base de conhecimento.

Nosso agente biônico está sendo alfabetizado com muito cuidado. Seu potencial é enorme. Ele estuda por tempo ilimitado, nunca se esquece de nada e salva tudo que aprende para sempre. E ainda por cima faz cálculos com uma velocidade assombrosa! Mas, agora que nosso agente racional amadureceu, é hora de aumentarmos o nível de dificuldade.




Nosso robô vai conhecer problemas que desafiam seu próprio inventor! É que seu inventor também foi criado em cima de leis bem esquisitas. Verdades absolutas que não podem ser provadas. Princípios da incerteza e da incompletude. Enfim, vamos colocar nossa criação frente a frente com nosso criador e esperar que com o poder da matemática e da engenharia de conhecimento, nosso robô converse com Deus para nos trazer a eternidade.


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