sexta-feira, 18 de novembro de 2016
28. Inteligência Artificial – A Revelação
No inicio do século XX o homem ainda não sabia se a luz era uma onda ou pacotes de matéria. Hoje sabemos que ela é uma onda de matéria. Assim é a nossa vida. Uma onda na qual interagimos. E por que seria diferente para um robô? Suas férias tinham marcado a parte superior da onda. Agora ele experimentava o vale.
Sua casa apresentava um ambiente parcialmente observável, não determinístico e desconhecido! O que tinha acontecido durante a sua viagem? A casa estava sem eletricidade, seus móveis tinham sido embaralhados e seus pais haviam sumido. O robô se lembrou do seu amigo acaso. O acaso não era uma pessoa que se podia confiar, mesmo se ele desse sua palavra. A culpa era da educação dada pelos pais. Ele era filho do senhor aleatório com a senhora incerteza. E isso não poderia terminar bem. Pelo menos em principio quântico!
Sem saber o que fazer, nosso amigo volta até a rua para ver se alguém lhe dava alguma informação. E lá estava o infeliz taxista com mais um pneu furado. Só podia ser o acaso de novo. Rapidamente o robô busca em sua memória a história contada pelo acaso sobre a fábrica de pneus! Enquanto o pneu resistia ao asfalto ele encontrava o fracasso. Somente quando os dois materiais em contato se uniram é que obtiveram sucesso. Nesse momento o robô percebeu o que deveria fazer! Ele não deveria resistir ao ambiente parcialmente observável, não determinístico e desconhecido. Eles deveriam se unir!
O robô entra em sua casa criando em seu algoritmo o ESTADO DE CRENÇA. Esse conceito determina quais conjuntos de estados físicos possíveis o robô pode estar quando se encontrar em um ambiente parcialmente observável. Em seguida desenvolve o PLANEJAMENTO SEM SENSORES para resolver o problema da escuridão. E para não se acidentar caminhando pelos móveis desarrumados, em um ambiente não determinístico, ele replaneja constantemente sua estratégia criando o PLANEJAMENTO ON-LINE.
Era um milagre! Antes o robô raciocinava sobre cada percepção obtida durante a execução do seu planejamento, mas agora ele podia replanejar sem levar em conta suas percepções! Nosso amigo sente o óleo em suas veias correr mais rápido. Ele se arma com um PLANO CONTINGENTE e percorre cada ambiente abandonado. Seu plano é redefinido constantemente. Ativando seu planejamento sem sensor, ele explora todo o lugar abrindo mão das percepções sobre os detalhes mais escondidos. E em meio a tanta incerteza, aleatoriedade e acaso, nosso amigo biônico aciona sua arma secreta.
Ele monitora sua execução e repara qualquer situação inesperada com seu PLANEJAMENTO ON-LINE. Agora o robô está pronto para encontrar uma resposta. O que tinha acontecido com seus pais e sua casa? Nosso amigo chega até o final do terreno e se vira, vendo a casa mais ao longe. Ele havia determinado novamente as posições dos móveis da sala, reconhecido vasos quebrados no chão do corredor e trancado as janelas do quarto de seus pais. Tudo estava uma bagunça, mas não havia pista alguma.
De repente, uma sensação de pavor percorre seu corpo! Uma imagem desfocada se forma em sua rede neural artificial. Sem as percepções recebidas pelos sensores, muitos detalhes foram abstraídos. E um deles chamava a atenção do robô. Ele se concentra ao máximo, limitando suas atividades principais, e refaz mentalmente o caminho até seu quarto. A imagem desfocada ainda era um borrão. Ele não tinha percebido antes, mas agora estava claro. Tinha mais alguém lá!
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