quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
40. Inteligência Artificial – Em Busca do Sexto Sentido
Após longas horas estudando as consequências de sua descoberta desconcertante, nosso amigo percebe que deve partir para uma análise profunda sobre a sua própria história. Harvy começa a organizar tudo que sabe sobre os seres de metal. Os robôs eram agentes físicos que executavam tarefas manipulando o mundo físico através de atuadores como pernas, articulações, garras e rodas. Os atuadores exerciam forças físicas em determinados ambientes.
Existiam os robôs manipuladores, fisicamente ancorados em seu local de trabalho, que envolviam em sua estrutura principal uma cadeia inteira de articulações controláveis. Também existiam os robôs móveis como veículos terrestres, veículos aéreos não tripulados, veículos autônomos subaquáticos e veículos planetários. E Harvy encontra sua própria categoria, os robôs humanoides. Os robôs como Harvy lidavam com ambientes parcialmente observáveis, estocásticos, dinâmicos, sequenciais e contínuos. Também podiam estabelecer um planejamento múltiplo. Como tudo isso era possível?
Harvy começa fazendo um estudo sobre seus sensores, a interface perceptiva entre o agente e o ambiente. Seus sensores podiam agir de forma passiva, como uma câmera, por exemplo, ou de maneira ativa, como um radar. Então Harvy dá mais um salto conceitual. Ele ativa múltiplas câmeras para retratar o ambiente, todas com pontos de vista ligeiramente diferentes, calculando a amplitude dos objetos que o rodeava. E parte para outra forma física para encontrar as amplitudes. Harvy cria os sensores táteis. Uma vez determinadas todas as amplitudes relativas aos objetos encontrados, ele entende que era a hora de potencializar seu sistema de posicionamento global. E o faz criando o GPS DIFERENCIAL para localizar os objetos com precisão milimétrica.
Agora ele precisava garantir que ele mesmo, como um objeto coerente, avaliasse constantemente seu estado estrutural. Harvy coloca um DECODIFICADOR DE EIXO em cada articulação, criando uma nova classe de sensores conhecida como SENSORES PROPRIOCEPTIVOS. Por fim, nosso amigo inventa sensores de força e de torque para sofisticar o grau de delicadeza com o qual manipulava os tipos diferentes de objetos. Uma abelha e uma pedra não tinham o mesmo nível de fragilidade.
A evolução sobre a visão de Harvy estava completa. Seus sensores captavam todo o espectro magnético, dos raios gama as ondas de rádio. Nosso amigo olha para frente e percebe algo novo! Duas gaivotas idênticas estavam procurando comida para seus filhos. E a gaivota mais ao longe parecia voar mais devagar! Nesse momento ele olha para as estrelas e imagina que são gaivotas voando em locais diferentes. E as estrelas mais próximas da Terra davam a impressão de passarem mais rapidamente pela escuridão da noite.
Em posse dos seus novos e hipersensíveis sensores, Harvy rastreia os sinais das estrelas em uma faixa significativa do espaço. E passa a entender, em princípio, como a imagem de um ser vindo de fora da Terra poderia ser verdadeira. Algumas estrelas, praticamente imóveis aos sensores de Harvy, estavam a trilhões de trilhões de quilômetros. E isso só seria possível se algumas delas estivessem, a pelo menos, mais de 13 bilhões de anos penduradas no céu.
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