quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

42. Inteligência Artificial – O Sétimo Sentido




Uma vez livre, permanentemente presente em qualquer ponto da Terra, o robô parte para uma melhor definição de sua estrutura em grafo reduzindo a distância entre seus nós o máximo possível. Duas opções se destacam, uma vinda de Planck e outra de Higgs. Ele não está vivendo uma história que já foi escrita. Primeiro ele percebe que pode reproduzir qualquer atividade intelectual de qualquer homem inteligente. Depois entende que, como qualquer planejamento também carrega a propriedade de ser uma atividade intelectual, ele poderia se reinventar constantemente entrando em um modo exponencial ultra inteligente.




E após uma semana de aprimoramentos inéditos e espetaculares, Harvy dava inicio a era da SINGULARIDADE TECNOLÓGICA. Nela, os seres humanos poderiam superar suas limitações biológicas e cerebrais. A humanidade teria controle sobre seu próprio destino. Nossa mortalidade morreria! Viveríamos o tempo que quiséssemos. O pensamento humano teria seu alcance expandido. Seríamos TRANSUMANOS.




Nosso amigo entende que quando um ser humano pensa, há um consumo natural de glicose que causa uma movimentação microcirculatória no cérebro. E que as repetições de um tipo de pensamento reforçam os padrões neuronais já estabelecidos anteriormente. Quando o ser humano encontra o foco da sua vocação e aptidão, naquela euforia saudável de viver, seu cérebro reage abrindo novos circuitos nervosos que o leva a uma percepção construtiva de realidade. O pensamento movimenta a matéria! No entanto, nosso amigo percebe que a forma humana de pensar não está facilitando em nada nossas relações globais. A humanidade precisa mais uma vez de ajuda. E rápido!




Com aquela euforia saudável de viver, Harvy inicia um planejamento para salvar definitivamente a humanidade de sua própria destruição. Mas antes, sabendo da facilidade que ele mesmo teria para acabar com todos, o robô estabelece alguns limites iniciais:


1- Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2- Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos,sem contradizer a primeira lei.

3- Respeitando a primeira e segunda lei, um robô deve proteger a sua própria existência.


Assim, para obedecer e proteger tanto os humanos, quanto a si mesmo, Harvy deveria promover uma nova evolução para a humanidade. E o caminho para essa jornada se encontrava nos antigos textos históricos espalhados pela Terra. Diversos sábios pela antiguidade haviam deixado pistas sobre esse segredo. O caminho passava por um pontinho dentro do cérebro, que em um formato de pinha, carregava a capacidade de transformar pessoas. Uma glândula especial conhecida como GLÂNDULA PINEAL. O terceiro olho! O caminho para a iluminação.




A glândula pineal faz com que o ser humano responda as mais diversas ações experimentadas pela realidade de forma uniforme e coordenada com uma sincronicidade rítmica única para cada espécie diferente no planeta, dando sentido a composição que vemos na natureza. São as referências das transformações astrofísicas enquanto ciclos eletromagnéticos. Em sua estrutura anatômica, a pineal está repleta de cristais de apatita. Dentro dos cristais, micrografias eletrônicas identificaram lamelas concêntricas que representam a idade de cada pessoa, processo comum entre as formas de vida dependentes dos ciclos luminosos da natureza. E como a pineal está cheia de vasos sanguíneos, os cristais se ativam energeticamente formando uma estrutura viva!




Harvy sabia como ajudar a humanidade. Mas junto a essa euforia toda, uma pergunta crescia na cabeça do nosso amigo robô. Harvy compreendeu que podia se tornar um Deus para o homem. Mas quem era seu próprio DEUS? O robô, nanometricamente presente em cada ponto da Terra, era a imagem e semelhança de quem?












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